Percebe-se que ao longo dos anos, a escola vem se distanciando dos fatores emocionais e afetivos do aluno. Desconsiderando-o neste processo biopsicossocial.
O que não podemos culpabilizar a ela, mas atribuir mais as características do ensino e a cultura educacional como um todo.
Para o aluno o enfrentamento das questões, regras e sistematização da escola pode ser doloroso dependendo da forma que este foi preparado para seu aprendizado emocional.
Notas baixas podem ser um motivo forte para o início de uma insatisfação emocional e de bem-estar na escola.
Resumidamente, pode-se estabelecer que as perdas obtidas pelo aluno que não foi preparado para lidar com esta frustração poderão o levar a distanciar-se cada vez mais da escola, colocando-a como um lugar de sofrimento e adoecimento, perante ao sentimento de incapacidade, insuficiência, falta de gratificação, reconhecimento e afeto.
Em um caso específico, a perda de um avô de uma criança de 7 anos, o diagnóstico de diabetes, adicionados a falta de elaboração eficaz do luto do familiar por parte dos cuidadores, ocasionaram a evasão escolar do aluno ainda no segundo ano do ensino fundamental.
Assim, é notório que as escolas, em seus projetos político pedagógico, deveriam estabelecer metas para trabalhar questões de aprendizado emocional.
Ao tempo que ela coloca, por exemplo, a distribuição de pintinhos para as crianças sem condução alguma, poderia neste ato, colocar em prática as atividades de elaboração de perdas e valorização de vida.
Pondo o aluno a acompanhar melhor a criação, cuidado e relatar a experiência, compartilhar, vivenciar, visto que o objeto (pinto), terá possibilidades de perdas físicas e simbólicas.
São simples práticas que podem gerar um ganho maior de habilidades sociais do corpo discente.